quinta-feira, 9 de junho de 2016

Registros preciosos e inéditos

A herança cultural deixada por Guilherme Tiburtius é inestimável.  Mesmo sem formação acadêmica em Arqueologia, Tiburtius foi um grande estudioso, além de reunir e organizar materiais provenientes dos sambaquis, entre os anos de 1940 a 1960, período em que estes sítios arqueológicos ainda não contavam com proteção de lei.  Seus registros em fichas e desenhos são preciosos ainda hoje para as pesquisas sobre sambaquis. A importância de Tiburtius para o Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville é relevante, pois foi a coleção organizada por ele que deu início ao acervo do MASJ.  Mesmo distante de Joinville e após a sua morte, os contatos e relacionamentos da equipe do MASJ com a família Tiburtius sempre foram próximos e de muita parceria. Em 2012, a família doou à instituição muitos documentos inéditos, que estão sendo organizados e traduzidos pela equipe técnica do MASJ. A conservadora Adriana Maria Pereira dos Santos, a arqueóloga Beatriz Ramos da Costa e a monitora Priscila Gonçalves estiveram reunidas com o filho de Tiburtius, Ewaldo Tiburtius, e a neta, Heloísa Tiburtius. O encontro ocorreu em Curitiba no café do Museu Oscar Niemeyer e serviu para trocas de informações sobre os documentos doados, além de uma entrevista com Ewaldo. A monitora do MASJ, que é mestranda em Patrimônio, tem está desenvolvendo dissertação sobre o trabalho de Guilherme Tiburtius. No encontro, a família aproveitou para fazer nova doação ao MASJ. Desta vez, o museu de Joinville recebeu aquarelas feitas por Tiburtius entre 1978 e 1980. O interessante é que ele registra cenas do cotidiano indígena presenciadas por ele durante a estada da família em Anitápolis entre 1910 e 1918. Preciosidades que o MASJ pretende expor futuramente.


Nenhum comentário:

Postar um comentário