A herança cultural deixada por Guilherme Tiburtius é
inestimável. Mesmo sem formação
acadêmica em Arqueologia, Tiburtius foi um grande estudioso, além de reunir e
organizar materiais provenientes dos sambaquis, entre os anos de 1940 a 1960,
período em que estes sítios arqueológicos ainda não contavam com proteção de
lei. Seus registros em fichas e desenhos
são preciosos ainda hoje para as pesquisas sobre sambaquis. A importância de
Tiburtius para o Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville é relevante, pois
foi a coleção organizada por ele que deu início ao acervo do MASJ. Mesmo distante de Joinville e após a sua
morte, os contatos e relacionamentos da equipe do MASJ com a família Tiburtius
sempre foram próximos e de muita parceria. Em 2012, a família doou à
instituição muitos documentos inéditos, que estão sendo organizados e
traduzidos pela equipe técnica do MASJ. A conservadora Adriana Maria Pereira dos
Santos, a arqueóloga Beatriz Ramos da Costa e a monitora Priscila Gonçalves
estiveram reunidas com o filho de Tiburtius, Ewaldo Tiburtius, e a neta,
Heloísa Tiburtius. O encontro ocorreu em Curitiba no café do Museu Oscar
Niemeyer e serviu para trocas de informações sobre os documentos doados, além
de uma entrevista com Ewaldo. A monitora do MASJ, que é mestranda em
Patrimônio, tem está desenvolvendo dissertação sobre o trabalho de Guilherme
Tiburtius. No encontro, a família aproveitou para fazer nova doação ao MASJ.
Desta vez, o museu de Joinville recebeu aquarelas feitas por Tiburtius entre
1978 e 1980. O interessante é que ele registra cenas do cotidiano indígena
presenciadas por ele durante a estada da família em Anitápolis entre 1910 e
1918. Preciosidades que o MASJ pretende expor futuramente.
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