quinta-feira, 11 de outubro de 2012


Á Notícia - ANEXO - Data: 11 de outubro de 2012. | N° 1643

PRECIOSAS MEMÓRIAS

PRECIOSAS MEMÓRIAS

Família de Guilherme Tiburtius doa manuscritos do pesquisador alemão ao Museu de Sambaqui

Na manhã de ontem, os visitantes e funcionários do Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville puderam voltar às origens do local. Isso porque integrantes da família de Guilherme Tiburtius, o homem que vendeu as primeiras peças que deram início ao acervo do museu, estiveram presentes no Palacete Niemeyer para fazer a doação de manuscritos que pertenciam ao pesquisador. São 22 pastas com textos escritos em alemão e desenhos feitos com bico de pena, além de fotografias referentes aos artefatos e pesquisas realizadas por Guilherme.

Ewaldo Tiburtius, filho do pesquisador, foi o responsável pela doação. O senhor de 87 anos e boa memória conta que o pai construiu uma sala onde guardava as peças e também fazia desenhos e registros. Parte deles agora fazem parte do acervo do Museu do Sambaqui. “Esses documentos são de anos de pesquisa do meu pai e fico emocionado em doar porque são lembranças que tenho dele.” Segundo Ewaldo, os manuscritos são do início da década de 40 e, sua grande maioria, referentes à Santa Catarina.

Os documentos vão complementar o acervo e a história que o museu ainda não possuía. “Inclusive, o filho já mostrou documentos que falam sobre a chegada de Guilherme ao País”, conta Adriana Maria Pereira dos Santos, coordenadora do museu. Após a entrega das pastas, agora os manuscritos passarão por um processo de acondicionamento. “Nesta primeira etapa, a intenção é fazer a tradução. Mais tarde, talvez, publicar”, revela. Hoje, o museu possui apenas um livro com três textos de Guilherme Tiburtius, publicado em 1996.

A ideia de doar os manuscritos surgiu depois do contato de dois bisnetos de Guilherme com a coordenação do museu. Eles visitaram as instalações e, junto com a família, entenderam que o melhor lugar para os documentos seria o museu onde já se encontram as peças. “São coisas que você guarda, mas têm que ser compartilhadas. É o complemento que o museu precisava”, diz Heloísa Rodrigues dos Santos, filha de Ewaldo e neta de Guilherme. Segundo ela, a família ainda possui cartas pessoais do avô, que vão ser analisadas para depois também serem doadas ao acervo.

Frase

Esses documentos são de anos de pesquisa do meu pai e fico emocionado em doar porque são lembranças que tenho dele.

Ewaldo Tiburtius, filho de Guilherme Tiburtius

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