Institucional

O MASJ
No Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville (MASJ) o visitante entra em contato com o modo de vida e a cultura das primeiras populações que se distribuíram pela América do Sul, migrando e ocupando diversas regiões do atual território brasileiro.   O MASJ  é um espaço de memória e de produção de conhecimento sobre estas populações, especialmente, pelos grupos  pescadores-caçadores-coletores que construíram os sambaquis.
A região da Baía da Babitonga, na qual Joinville se insere, registra cerca de 150 sítios arqueológicos do tipo sambaquis, com datações que variam de 6 mil a 800 anos AP. Os sambaquis (shell mounds) são sítios caracterizados pelo material construtivo ser, em sua maioria, conchas. Em tupi, a palavra sambaqui significa monte de conchas (tamba ki). A maioria dos sambaquis foi construído perto de rios, lagos e mar. Alguns são monumentais com mais de 8 metros de altura.
 Os sambaquis e os pescadores-caçadores-coletores que construíram estes patrimônios são o foco do acervo e do trabalho do museu, que é uma Unidade da Fundação Cultural de Joinville. Na cidade de Joinville, há 41 sambaquis registrados e preservados. Muitos dos sambaquis foram destruídos durante a colonização e urbanização da cidade. A destruição de sambaquis para a extração de conchas e produção da cal foi intensa até 1961, quando a União tombou os sambaquis como patrimônios históricos e culturais (Lei 3924-61). 

Criação do museu
O Museu Aqrueológico de Sambaqui de Joinville foi criado em 1969 Lei Municipal n.º 1042). Um pouco antes disso, em 1963, a administração pública havia comprado a coleção arqueológica de Guilherme Tiburtius. Estudioso de sambaquis, Tiburtius registrou, coletou e classificou diversos artefatos e sepultamentos de sítios que estavam sendo destruídos na região. O prédio sede do MASJ foi inaugurado em 1972 e o projeto arquitetônico e a construção foram realizados em cooperação técnica com o Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional (IPHAN).
Desde então, o museu tem atuado na pesquisa, salvaguarda e comunicação destes sítios com o objetivo de estabelecer uma relação preservacionista dinâmica e interativa entre o patrimônio e a sociedade. O museu é referência pelo acervo e potencial de pesquisas e pelos projetos educativos e sua interação com as comunidades que vivem nos entornos dos sambaquis.
Através do Plano Diretor e dos programas de Pesquisa, de Salvaguarda Museológica, Comunicação e de Administração de Patrimônio Institucional e de Recursos Humanos o museu promove suas ações científicas e de educação patrimonial. Desde a sua criação, o MASJ tem sido uma instituição de referência na preservação do patrimônio arqueológico brasileiro.

Linhas de Pesquisa
O programa de Pesquisa do MASJ tem como objetivo a produção de conhecimento científico interdisciplinar sobre o patrimônio arqueológico e se divide em 3 linhas: Sociedade e Ambientes no Tempo, Práticas Discursivas e Metodologia de Conservação do Patrimônio. 
A Linha 1, Sociedades e Ambientes no Tempo tem como foco o estudo das populações e das paisagens no decorrer do tempo visando estabelecer relações entre o presente e o futuro. Atualmente, estão em desenvolvimento as seguintes pesquisas:  acervo 4 coleções , ....
A Linha 2, Práticas Discursivas tem como proposta a reflexão sobre as práticas discursivas relacionadas ao patrimônio cultural. Pesquisas atuais:
A Linha 3, Metodologias de Conservação do Patrimônio produz conhecimento sobre os métodos e técnicas de conservação de acervos ex situ e in situ. Atualmente, há... projetos em..
O Programa de Salvaguarda Museológica também é dividido em três linhas de com os objetivos de conservar e gerenciar o acervo arqueológico pré-histórico e histórico, em in situ e ex situ, além de gerenciar a coleção Guilherme Tiburtius e de conservar e gestar os acervos de apoio. 
A Linha 1, Salvaguarda do Acervo In Situ desenvolve ações relacionadas à preservação dos sítios registrados em Joinville. A Linha 2, Salvaguarda dos Acervos Ex Situ desenvolve ações de preservação dos acervos sob a guarda do MASJ e a Linha 3, Gerenciamento de Acervos atua na organização, acesso e conservação do acervo documental, bibliográfico e das coleções de referência.

O Programa de Comunicação Museológica tem a finalidade de promover a externalização dos acervos e das informações produzidas por meio do Sistema Expositivo Museológico e dos projetos educativos-culturais, além de possibilitar a fruição do patrimônio cultural de outras regiões e de facilitar a interação do museu com a sociedade por meio de diferentes linguagens.



ROBERTA MEYER MIRANDA DA VEIGA – Coordenadora/MASJ